segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Campanha ecológica movimenta crianças de Pau Amarelo




Mangue » Há 13 anos a comunidade é beneficiada com a campanha Papai Noel do Mangue, cujas ações educativas são voltadas para o público infantil

A poluição e o desmatamento do manguezal existente no estuário do Rio Timbó, em Pau Amarelo, no município de Paulista, é motivo de preocupação entre os moradores da comunidade local. Além do lixo sempre depositado em  meio à vegetação, são observadas cada vez mais áreas destruídas para a construção de novas residências. Segundo estimativa do coordenador do Grupo de Preservação Ambiental de Pau Amarelo, Almir Falcão, a área desmatada nos últimos anos pode chegar a dois hectares (20 mil metros quadrados).
Ciente de que os próprios habitantes são responsáveis pela degradação do ecossistema, há 13 anos ele lidera a campanha Papai Noel do Mangue, cujas ações educativas são voltadas para o público infantil. A mobilização se repetiu mais uma vez ontem, quando cem crianças fizeram caminhada ecológica, palestra educativa e limpeza simbólica do mangue. 
“A maioria deles são filhos de pescadores, então representam o futuro dessa comunidade. Se quiserem manter a atividade pesqueira, vão ter que seguir orientações ambientais. Por isso é tão importante conscientizá-los desde agora sobre a preservação do meio ambiente”, frisou Almir Falcão. Ainda segundo ele, muitos pais dessas crianças praticam pesca predatória de caranguejo, em fase precoce ou de procriação. 
“A comunidade tem culpa, mas a atuação do governo também é falha, pois não há um sistema eficaz de coleta de lixo, nem fiscalização para evitar atividades ilegais”, pontua. Participante de várias edições da campanha educativa, Marcos da Silva, 12 anos, contou que dessa vez conseguiu catar mais lixo do que o normal. 
“É uma coisa boa de fazer, porque a gente aprende que está limpando, melhorando o astral do mangue, preservando os animais”, disse o garoto, que ao final do evento ganhou uma bola do Papai Noel.  Ayla Adriele Medeiros, de 7 anos, disse não entender porque as pessoas jogam lixo no local. “Todo mundo sabe que é errado e mesmo assim fazem isso”, questionou.

Fonte: Diário de Pernambuco 

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