Mangue » Há 13 anos a comunidade é
beneficiada com a campanha Papai Noel do Mangue, cujas ações educativas são
voltadas para o público infantil
A poluição e o desmatamento do manguezal
existente no estuário do Rio Timbó, em Pau Amarelo, no município de Paulista, é
motivo de preocupação entre os moradores da comunidade local. Além do lixo
sempre depositado em meio à vegetação, são observadas cada vez mais áreas
destruídas para a construção de novas residências. Segundo estimativa do
coordenador do Grupo de Preservação Ambiental de Pau Amarelo, Almir Falcão, a
área desmatada nos últimos anos pode chegar a dois hectares (20 mil metros
quadrados).
Ciente de que os próprios habitantes são
responsáveis pela degradação do ecossistema, há 13 anos ele lidera a campanha
Papai Noel do Mangue, cujas ações educativas são voltadas para o público
infantil. A mobilização se repetiu mais uma vez ontem, quando cem crianças
fizeram caminhada ecológica, palestra educativa e limpeza simbólica do mangue.
“A maioria deles são filhos de pescadores, então
representam o futuro dessa comunidade. Se quiserem manter a atividade
pesqueira, vão ter que seguir orientações ambientais. Por isso é tão importante
conscientizá-los desde agora sobre a preservação do meio ambiente”, frisou
Almir Falcão. Ainda segundo ele, muitos pais dessas crianças praticam pesca
predatória de caranguejo, em fase precoce ou de procriação.
“A comunidade tem culpa, mas a atuação do governo
também é falha, pois não há um sistema eficaz de coleta de lixo, nem
fiscalização para evitar atividades ilegais”, pontua. Participante de várias
edições da campanha educativa, Marcos da Silva, 12 anos, contou que dessa vez
conseguiu catar mais lixo do que o normal.
“É uma coisa boa de fazer, porque a gente aprende
que está limpando, melhorando o astral do mangue, preservando os animais”,
disse o garoto, que ao final do evento ganhou uma bola do Papai Noel.
Ayla Adriele Medeiros, de 7 anos, disse não entender porque as pessoas jogam
lixo no local. “Todo mundo sabe que é errado e mesmo assim fazem isso”,
questionou.
Fonte: Diário de Pernambuco

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